terça-feira, 27 de novembro de 2007

Ananindeua renova

Mais cedo ou mais tarde, todos os negócios são confrontados com a necessidade de uma imagem mais atualizada - sob a pena de serem cada vez mais ultrapassados pela concorrência. Um aspecto inovador, um design mais eficaz, uma estética que comunica melhor com o público podem ser resultados de um simples redesenho de marca, ou seja, um movimento tático que preserva a estratégia do design original. Os especialistas chamam a isso de "recriação de imagem corporativa", o maior desafio que um designer ou uma empresa de design pode enfrentar. A imagem antiga tem algum equilíbrio intrínseco que deve ser preservado? Até que ponto o cliente está disposto a correr o risco de adotar um redesenho que, por ventura, possa provocar um estranhamento com o público que já é alcançado por ela? Essas decisões tornam-se ainda mais dramáticas quando a logomarca em questão é utilizada por uma Prefeitura e está, diariamente, relacionada a centenas de milhares de pessoas que a reconhecem como mediadora entre o órgão público e o consumidor de serviços. A Prefeitura de Ananindeua encomendou uma atualização da marca, que foi realizada com a introdução de uma simples faixa inferior, que serve de base, onde pode-se agora ler, visivelmente, a palavra "prefeitura", antes invisível no desenho que já vinha sendo usado desde 2005. A cor cítrica da faixa dialoga com o verde musgo e o azul real, já presentes, ao mesmo tempo em que jovializa, refresca, o desenho sem mudá-lo ou deformá-lo ou ferir a identidade básica. Um upgrade simples e que já pode ser visto nas ruas de Ananindeua, segundo município do Pará, cidade cujas divisas são indistintas daquelas que demarcam a capital do Estado, Belém. Com população estimada em 483 mil habitantes, Ananindeua é margeada pelo rio Maguari, onde localizam-se 14 ilhas. O nome da cidade, de origem tupi, deve-se a grande quantidade de uma espécie de árvore chamada Ananin, que produz a resina do cerol, utilizada para lacrar fendas nas embarcações. A cidade, originária de povoados da antiga Estrada de Ferro de Bragança, é administrada, desde 2004, pelo jovem prefeito Hélder Barbalho (PMDB), herdeiro político do ex-governador Jader Barbalho.